Cientistas americanos revelaram nesta segunda-feira (17) a detecção inédita de ecos do Big Bang, explosão ocorrida há cerca de 14 bilhões de anos que deu origem à expansão do cosmo. Trata-se de uma importante descoberta para entender as origens do universo.
A "primeira evidência direta da inflação cósmica" foi observada com um telescópio no Polo Sul e foi anunciada por especialistas do Centro de Astrofísica (CfA) de Harvard-Smithsonian.
A existência destas ondulações de espaço-tempo, primeiro eco do Big Bang, demonstra a expansão extremamente rápida do universo na primeira fração de segundo de sua existência, uma fase conhecida como inflação cósmica.
"A detecção destas ondulações é um dos objetivos mais importantes da cosmologia na atualidade e resultado de um enorme trabalho realizado por uma grande quantidade de cientistas", destacou John Kovac, professor de astronomia e de física no CfA e chefe da equipe de investigação BICEP2, que fez a descoberta.
Detecção de ondas
As ondas gravitacionais são ondulações minúsculas e primordiais que se propagam pelo cosmo. Os astrônomos as buscam há décadas, porque são a prova que falta para duas teorias, uma das quais inaugurou a era atual de pesquisa sobre as origens e a evolução do cosmo - a Teoria Geral da Relatividade de Einstein, publicada em 1916 - e outra que deu os retoques finais nela, a teoria da inflação cósmica, desenvolvida nos anos 1980.